Disciplina - Cinema

Filmes & Educação

19/08/2013

Cinema do Medo

Os Pássaros, obra mais singular de Alfred Hitchcock, alcança a marca de 50 anos de idade sem jamais ter sido ofuscada no imaginário cinéfilo

Por: RAFHAEL BARBOSA - REPÓRTER

“E se?”. Ao se fazer essa simples pergunta, os contadores de histórias modernos foram aos limites da imaginação. E se a Terra fosse invadida por alienígenas? E se os dinossauros voltassem à vida? E se fosse possível voltar no tempo? E se os animais se rebelassem contra os homens?

Na história do cinema, nossos maiores medos foram matéria-prima para um sem número de produções, desde obras-primas que permanecem até hoje em nosso imaginário a muitas outras produções medíocres – afinal, trata-se de um gênero que caminha numa linha tênue, (muito) próxima do trash. Mas mesmo quando está diante de uma premissa duvidosa, algumas vezes o público se deixa facilmente levar por uma experiência marcada pela angústia.

Sim. Estranhamente, nós sentimos prazer em nos colocar no papel de um personagem que viverá uma jornada de terror. Gostamos de sentir medo. Mas só durante o tempo da projeção, claro. Conscientes disso, escritores se lançaram no desafio de criar histórias que se tornaram verdadeiros estudos dos temores humanos. Entre os mais bem-sucedidos estão clássicos de autores como Edgar Allan Poe, Howard Phillips Lovecraft e Stephen King. Mas quando o desafio é transpor essas sensações para a tela, poucos artistas demostraram tamanha capacidade de manipular som e imagem como Alfred Hitchcock (1899-1980), inigualável em seu talento para seduzir o espectador e levá-lo para dentro da obra.

Não à toa apontado como um dos maiores gênios da Sétima Arte, na filmografia do cineasta constam clássicos incontestes como A Sombra de uma Dúvida, Janela Indiscreta, Um Corpo que Cai e Psicose, entre outros títulos que contribuíram para tirar o gênero do limbo dos filmes B. Mas, claro, essa não foi uma tarefa fácil. Como tantos outros cineastas geniais, durante muito tempo Hitchcock era visto pela crítica com certa desconfiança, reserva que ele, ao que parece, nunca levou a sério. Muitas de suas obras, inclusive, demorariam a receber o reconhecimento devido. O tempo, porém, fez delas objetos de culto.


Notícia retirada do site Gazeta de Alagoas. Todas as informações nela contidas são de responsabilidades do autor.
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